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8 Outubro 2014

Cidade Inteligente? Cidade do Futuro? Cidade Digital?

by 25

São inúmeros os adjetivos que acompanham as cidades nas últimas décadas e não raras as vezes em que nos perguntamos mas afinal quais são as diferenças.

Aveiro acolheu, ainda corria a década de 1990, “o” piloto de Cidade Digital no espírito do então Programa Operacional da Sociedade da Informação (POSI). A natureza definida do artigo que acompanha a expressão sonante pode causar estranheza a muitos que, empolgados, queiram defender os projetos das múltiplas cidades que integraram as “Cidades Digitais” no POSI (ou no seu sucessor POSC) e que foram várias.

Na verdade, o que caraterizou Aveiro como único na altura (e mais tarde se alargou aos domínios da extinta Associação de Municípios da Ria de Aveiro) foi exatamente aquilo que separa as definições de Cidade Digital e Cidade Inteligente: uma visão da gestão territorial onde competitividade, capital humano e social, mobilidade, ambiente, governança e qualidade de vida são orquestradas pelas tecnologias de informação, não sendo estas o fim mas o meio. Uma cidade digital é uma cidade cheia de tecnologia de informação mas onde, nem sempre ou quase nunca, o cidadão está no meio.

Claro que numa cidade inteligente todas as dinâmicas se integram pelas tecnologias de informação: só que estas são o meio. As tecnologias monitorizam estatísticas, facilitam a criação de novas empresas e modelos de negócio, permitem a leitura e análise de informação proveniente de sensores, possibilitam a tomada de decisão mais informada, facilitam a formação e a informação, permitem a participação cívica, ajudam cidadãos e operadores a gerir a mobilidade física e virtual, permitem monitorizar o bem-estar, acompanhar a recuperação ou, até, detetar precocemente a evolução das capacidades neurológicas dos cidadãos. Permitem poupar nos consumos de água e de energia, ajudam a produzir energias de fontes limpas e até usar a luz da iluminação pública como meio de transporte de informação, facilitam a interação e vivência cívica, como possibilitam o desenvolvimento de um novas formas de viver cultura, de aprender e de visitar o imenso património que se encontra por aí espalhado.

Águeda tem procurado dar destaque às suas pequenas intervenções, testar soluções inovadoras e dinamizar inovação nas empresas. Fê-lo sabendo que é preciso errar e arriscar, fê-lo de forma controlada para ganhar maturidades em todos os atores mas com uma visão de futuro por trás. Pacto dos Autarcas, Mayors’ Adapt, Parceria Europeia de Inovação, Modernização Administrativa, Living Labs são expressões sonantes que se integram num plano de fôlego. 

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