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21 Janeiro 2015

Para que servem as Smart Cities

by 33

Mas afinal para que servem as Smart Cities? 

Começo por colocar uma frase que me permitiu perceber melhor as Smart Cities há algum tempo atrás.

" (...) define smart cities as places where information technology is combined with infrastructure, architecture, everyday object, and even our bodies to adress social, economic, and environmental problems." Anthony M. Townsend

Do meu ponto de vista é fulcral que o cidadão perceba a importância das Smart Cities na sua vida, no seu dia-a-dia e os impactos positivos que estas podem ter. Apenas com a percepção da importância deste novo paradigma será possível integrar os cidadãos e as comunidades no ecossistema das "coisas inteligentes". O Homem é o centro do universo Smart City, isto é, (sem querer parecer um aficionado do Antropocentrismo), o universo Smart City tem como finalidade resolver problemas criados pelo Homem sendo também as soluções orientadas em seu benefício. Vejamos um exemplo simples. As Smart Cities procuram, por exemplo, resolver problemas ambientais. Esses problemas foram efectivamente criados pelo Homem, através de um comportamento irresponsável e de uma má gestão das suas actividades económicas. A solução será também algo que o beneficiará, tendo em mente claro, que colocamos em causa a nossa existência se não resolvermos estas questões. Não vejo a questão como elevar o Homem acima das restantes espécies do Planeta, mas sim chamar à responsabilidade a nossa própria inteligência, usando-a para reparar os danos que foram feitos no passado assim como mitigar realidades actuais como o aumento populacional. 

As Smart Cities são, ou pelo menos terão de ser, muito mais do que apenas ostentação tecnológica, onde os gigantes da informática distribuem às cidades os seus sofisticados sistemas, suportados por milhões de aplicações úteis ou divertidas. As Smart Cities têm (pelo menos) 5 funções obrigatórias e prementes que passam por: tornar as cidades mais habitáveis, mais eficientes, mais sustentáveis, mais saudáveis e mais preparadas para lidar com mudanças. E tudo isto não se consegue apenas introduzindo tecnologia nas cidades. É necessário olhar para essa tecnologia como uma ferramenta poderosa para que possamos em primeiro lugar compreender as cidades em que vivemos, perceber e definir quais as suas necessidades não só hoje mas também daqui a 5, 10 ou 20 anos, para que se possam fazer intervenções no campo do planeamento e urbanismo e a partir daí criar soluções sustentadas nas redes de informação criadas. Faz parte do trabalho da cidade transformar toda a informação adquirida pelos sensores de todos os tipos e converte-los em conhecimento útil para a sua própria gestão e para os cidadãos que nela habitam. 

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